Casa das Histórias abre em Cascais com obras-primas de Paula Rego

Uma exposição temporária com obras-primas de Paula Rego, criadas ao longo dos últimos vinte anos, vai marcar a inauguração, a 18 de Setembro, em Cascais, da Casa das Histórias.
"São obras-primas reunidas numa exposição imperdível, que reflecte duas décadas decisivas do trabalho da artista", definiu Dalila Rodrigues, directora da Casa das Histórias Paula Rego, em entrevista à Agência Lusa, sobre a abertura do espaço, localizado em Cascais, junto ao Museu do Mar.
Suspensas nas paredes das várias salas do edifício idealizado pelo arquitecto Eduardo Souto de Moura, as "histórias" de Paula Rego relatam também o percurso artístico da pintora desde a primeira obra, intitulada "Life Painting" (1954), criada enquanto estudante da Slade School of Fine Art, em Londres, até à actualidade.
A Casa das Histórias Paula Rego, que apresentará duas exposições temporárias por ano - a inaugurar na Primavera e no Outono - abre com uma dedicada a trabalhos da artista, criados entre 1987 e 2008,"obras icónicas da sua poderosa linguagem figurativa", avaliou Dalila Rodrigues.
"A Filha do Polícia", uma das obras mais emblemáticas de Paula Rego, exerce o primeiro impacto no visitante, assim que se entra na sala de exposições temporárias, preenchida com quadros de grandes dimensões, todos propriedade da Galeria Marlborough, em Londres.
Também foram colocados alguns desenhos da artista, preparatórios das pinturas, que, segundo a directora do museu, especialista em História da Arte, "têm uma forte marca autoral e uma qualidade que lhes conferem valor autónomo".
Sobre a importância da Casa das Histórias, a directora é peremptória: "Este equipamento cultural permite fixar em Portugal, em permanência, um conjunto muito significativo da obra de Paula Rego, e representa um contributo fundamental para a cultura nacional". Dalila Rodrigues enalteceu ainda a concepção arquitectónica do museu, assinada por Souto de Moura, "que dimensionou de forma exemplar as várias salas às características muito singulares da obra de Paula Rego", e também "o esforço financeiro e o empenho da Câmara Municipal de Cascais", presidida por António Capucho, na concretização do projecto.
A artista, de 73 anos, em Portugal desde há algum tempo para acompanhar a abertura da Casa das Histórias, está muito contente e emocionada com a inauguração e visita quase diariamente o museu, dando sugestões de montagem e colocação das suas "histórias"Artigo extraído de: www.mundoportugues.org
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